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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Crianças da Casa do Sol Nascente precisam de ajuda

Com quantas mãos se faz uma casa? A Casa do Sol Nascente, que acolhe crianças soropositivas, precisa de inúmeras. Além da carência de profissionais, o lugar necessita de, pelo menos, R$ 100 mil para realizar uma reforma urgente

Ana Mary C. Cavalcante
da Redação

22 Jul 2009 - 00h26min

As 11 crianças em atendimento se mudaram para outra casa alugada na vizinhança (Foto: Fco Fontenele)
Ainda há vestígios do que a casa foi antes das chuvas. No caminho da mudança, alguém deixou a bola. O móbile dos peixes e a régua que crescia os donos-da-casa também restaram pelo chão. Flores e palhaços e borboletas pontilham compartimentos. Homem-Aranha e Nemo enfeitam vazios. Com as chuvas deste ano, as crianças se foram da Casa do Sol Nascente (Castelão). Ficou só a noite. O mofo a comer o rosa, o verde, o amarelo das paredes. Os cupins a avançar sobre as estrelas-do-mar, no dormitório. A casa, que tem espaço para até 16 crianças (até 12 anos) portadoras do vírus HIV, ameaça cair.

O lugar necessita de, pelo menos, R$ 100 mil para uma reforma urgente. “Esse valor é somente para a estrutura física interna”, demanda a assistente social Ana Sudário, iniciando uma campanha para a reconstrução do abrigo. “Nada para a área externa, que temos um parquinho, nada para a mobília”, subtrai, na busca de recursos. O orçamento data de abril passado e se limita à reestruturação das paredes, do teto e das instalações elétrica e hidráulica. A Casa do Sol Nascente é mantida por doações e por um convênio com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Fortaleza (R$ 25 mil anuais).

Há cerca de três meses, as 11 crianças em atendimento, mudaram-se para outra casa menor, alugada na vizinhança. Os beliches se esparramam pela sala. O berçário divide espaço com o ambulatório. Os brinquedos são guardados em um quartinho, no quintal. Caixas de papelão viram armários. Muito ali é no singular: uma monitora, uma terapeuta ocupacional (emprestada da casa dos adultos) e uma auxiliar de serviços gerais tomam conta da casa. E dona Quinha, na cozinha, inventa o almoço como pode. “Ninguém aguenta mais comer ovo”, relata Ana, em sua busca incansável pela “mistura (carne)”.

A Casa do Sol Nascente não poderia se chamar diferente. Basta um minuto para os pequenos encherem o silêncio de som e cores. “Cadê minha meia?”, o primeiro salta da kombi. As crianças tinham acabado de descobrir as férias: naquela manhã da entrevista, vinham felizes de uma escola de artes.

Meninos e meninas convivem com a aids recriando o mundo em redor. Ligeiro, Maria faz uma janela para uma das quatro paredes do quarto: “Pintei uma flor, outra flor, uma borboleta, outra borboleta, o sol e o mato. Vou pregar aqui (acima da cama)”. O maiorzinho, bem comportado, guarda estrelas. “Quem tem mais, no fim do mês, ganha um passeio”. E todos, filhos de pais soropositivos, ensaiam Uma música de mãe para cantar no show do padre Fábio de Melo (dia 27, no Condomínio Espiritual Uirapuru).
Apesar das chuvas, a Casa do Sol Nascente não poderia se chamar diferente. A bebê de oito meses, que foi encontrada em um carrinho de reciclagem abandonado, ri sem fim para o tempo.


EMAIS

- A Casa do Sol Nascente é parte da Obra Social Nossa Senhora da Glória - que também deu origem à Fazenda Esperança (especialmente para dependentes químicos). O projeto se espalha pelo Brasil, começando por São Paulo.

- Em meados de 1986, os primeiros portadores de HIV procuraram as casas de recuperação da Fazenda Esperança de Guaratinguetá (São Paulo). Foram recebidos por frei Hans Stapel. Aos poucos, os soropositivos ganharam espaço.

- A primeira Casa do Sol Nascente foi estruturada, no Brasil, em 1993. Recebia pacientes adultos. Em 1999, foi aberta uma casa para as crianças portadoras do HIV e em situação de miséria.

- Em Fortaleza, o projeto chegou em 2001 (adultos), ampliando-se em 2005 (crianças). Integra o conjunto de 19 entidades do Condomínio Espiritual Uirapuru e é mantida por doações. O escritório fica na avenida Alberto Craveiro, 222, Castelão. Contatos: 3469 4437.

Fonte: O povo on line

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