Lane Santos | Divulgação
Padre Fábio de Melo. O nome, indissociável do ofício, é multimídia e já é fenômeno nacional. Escritor, cantor e compositor, o religioso galã tem garantido recorde de público em seus shows pelo Brasil. Em Salvador, o padre-cantor sobe ao palco sábado, dia 7, às 19 horas, no Wet’n Wild (Paralela), acompanhado de sua banda.
Carismático, visual moderno e voz empostada, padre Fábio traz para o público baiano o show de lançamento do seu novo CD, Vida (Som Livre), já beirando 700 mil cópias vendidas. O álbum reúne seus sucessos e de outros cantores, como Fábio Junior, Toquinho e Lulu Santos.
Tendo como suporte a igreja católica – que já revelou para o universo artístico sacerdotes como padre Zezinho (precursor dos padres cantores na década de 60) e Marcelo Rossi –, Fábio de Melo, 37 anos, é o mais recente representante midiático da doutrina.
Produtos – Os números falam por si. Foram 120 shows em 2008. Na sua discografia constam 11 CDs com temática religiosa. Brevemente lança o primeiro DVD, Eu e o Tempo – uma coletânea de seus maiores sucessos litúrgicos gravados no Canecão, RJ.
Na literatura, é autor de cinco publicações, entre as quais Mulheres de aço e de flores (seu primeiro livro, que já chegou a 110 mil cópias vendidas), Quem me roubou de mim (na lista dos mais vendidos da Veja, com 300 mil cópias vendidas) e Quando o sofrimento bater à sua porta (lançado em outubro e já na casa das 90 mil).
“A palavra tem o dom de nos acordar, de nos tornar melhores. Não negligencio esta oportunidade”, justifica sua entrada para o mercado editorial. Na TV, padre Fábio é sucesso de audiência na Rede Canção Nova, como apresentador do programa Direção Espiritual.
“Eu sempre digo que a minha fama só tem um sentido: o bem que eu proponho. Eu anuncio o Evangelho e busco aperfeiçoar cada vez mais a minha forma de fazer isso“. Para ele, não se trata de ser apenas moderno. “É preciso ter conteúdo. Por isso, eu fui estudar. Eu não posso me aventurar pela mídia sem ter o que comunicar. A palavra de Jesus merece respeito, e é isso que tenho procurado fazer“, completou.
Por conta da superexposição na mídia, padre Fábio conta que cuida para que sua imagem não provoque comportamentos eufóricos por parte do público. “As pessoas me tratarão da maneira que eu autorizá-las. Eu busco estabelecer os limites. Sou padre e disso não me esqueço. Não posso ser tratado como artista. Tietagem não faz bem a ninguém. Eu prefiro o tratamento carinhoso, fruto de um reconhecimento sereno, sem histeria”, pontua.
Gratificante – Ouvir as pessoas é algo pelo qual ele não abre mão. “Elas me acrescentam com suas dores, lutas e vitórias. Não há nada mais gratificante que ouvir: ‘Padre, seu trabalho mudou a minha vida!’ Isso vale muito mais que vender um milhão de cópias“, diz.
Apesar de famoso, padre Fábio de Melo revela que leva uma vida normal de padre. “Não gosto de fazer das minhas celebrações um lugar de show. Ministro os sacramentos dentro do que nos pede a Liturgia. Gosto da simplicidade cotidiana. Não posso transformar a celebração numa apresentação musical. O povo demorou, mas entendeu”.
Vocação – Filho de pai violeiro, padre Fábio cresceu interessado por música. Aos 16 anos, em Formiga (MG), sua cidade natal, colocou-se a serviço da fé. Em 2001, foi ordenado sacerdote na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus.
Até hoje, atua na Diocese de Taubaté, em São Paulo. “Eu sempre quis ser padre, desde criança“, arremata o sacerdote, que também é professor universitário atuante, graduado em filosofia e teologia, pós-graduado em educação e em teologia sistemática.
Fonte: A tarde on line
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