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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Padre-fenômeno

Longe da figura do sacerdote de batina, Fábio de Melo conquista católicos (e fãs) de todas as idades e deixa para trás, no ranking dos campeões de venda de cds no Brasil em 2008, estrelas consagradas como o também Padre Marcelo Rossi e Ivete Sangalo

Guilherme Samora

Ag. O Globo
Padre Fábio de Melo virou sensação. Seu CD, Vida, foi o mais vendido de 2008. Sua agenda, de cerca de 20 eventos por mês, faz com que esteja sempre viajando. Fãs lotam comunidades na internet para debater a obra e a vida do religioso. Agora, o padre se prepara para lançar um DVD, gravado na semana passada no Canecão, tradicional casa de shows no Rio de Janeiro.

Aos 37 anos, Fábio tornou-se um popstar no mercado musical brasileiro. Mas ele não gosta do título. “Idolatria é ruim, a fama é muito desgastante. Mas, quando reconheço o carinho verdadeiro das pessoas, isso preenche meu coração”, disse ele em entrevista a QUEM. Sem meias palavras, o padre diz que a verdade é sempre o melhor caminho. E suas declarações podem surpreender quem espera da figura do sacerdote um santo em carne e osso. Exemplos disso? Fábio, que defende o celibato na igreja católica, admite que entrou na vida religiosa encantado com a piscina do seminário e que chegou a namorar no começo da jornada para se tornar padre, ainda no seminário. Com jeitão de galã de novela, ele conta ainda que faz musculação e incentiva seus fiéis a cuidar da aparência: “Não é preciso ser feio para estar bem com sua fé”.

A julgar pelos números, as tiradas do padre não têm atrapalhado sua performance comercial. Seu último disco vendeu 540 mil cópias em menos de três meses na prateleira. Para ter uma ideia, o número é maior do que a soma dos dois maiores vendedores de 2007, segundo o ranking da Associação Brasileira de Produtores de Discos – o primeiro lugar foi de padre Marcelo, com 252 mil cópias, e o segundo de Ivete Sangalo, com 220 mil. Em seu programa, o Direção Espiritual, toda quinta-feira, às 22h30, na TV Canção Nova, as linhas telefônicas ficam congestionadas com a ligação de telespectadores atrás de conselhos e palavras de conforto. Seus shows e palestras são disputadíssimos. Tanto que o padre virou garantia de casa cheia onde quer que vá. “No ano passado, a gente cobrava apenas o valor das despesas (com viagem e estadia) para fazer eventos. Mas percebemos que muitos empresários cresceram os olhos para cima da gente e ganhavam à nossa custa. Então, mudamos isso. Hoje, só concordamos em realizar esses eventos se tiver uma boa porcentagem da bilheteria para uma instituição local. Meu escritório acompanha tudo de perto”, afirma Fábio de Melo.

Ag. O Globo
Gravação do DVD: fila do lado de fora do Canecão
FAMÍLIA

A maior admiradora do religioso, como ela mesma se define, é a mãe, Ana Maria Melo da Silva, de 71 anos. Dona Ana, como é conhecida, conta que a religião é uma constante em sua família: “Tive um tio que foi padre. Além dele, oito primas foram irmãs de caridade”, diz. Com quatro filhos homens, ela conta que sempre soube que Fábio era diferente. “Ele foi o que aprendeu a rezar mais rápido. E, quando começou a ir à escola, colava santinhos na capa do caderno”, conta ela, que, desde a morte do marido, Dorinato Bias da Silva, há 17 anos, estreitou ainda mais os laços com Fábio e hoje mora com ele em Taubaté, interior de São Paulo. Ana garante que seu maior sonho era ter um padre em casa. “Mas eu imaginava aquele mais tradicional, que fica na paróquia”, afirma ela, que agora admira a abordagem do sacerdócio do filho. “Deus precisa de sacerdotes com esse dom.”

Ag. O Globo
Mãe do padre, dona Ana, que está sempre com ele
POBREZA E LIVROS

Nascido em Formiga (MG), em uma família simples – seu pai era pedreiro e a mãe, dona de casa –, Fábio diz que aprendeu a viver com pouco. “Passei toda a infância num contexto muito rural, muito simples. E o contexto da simplicidade é o da criatividade. Quando não se tem, se inventa. Acho que a carência material desperta a riqueza espiritual e uma maneira de ver a vida diferente. Então, gostava muito de ler. Quando somos pobres e descobrimos os livros, ganhamos o mundo”, afirma. Antes de entrar de vez para o seminário, sonhou em ser veterinário. “Sempre gostei muito de bichos.”

Fábio teve seu primeiro contato com a formação religiosa quando foi fazer um estágio em um seminário de Lavras, no interior mineiro, aos 15 anos. Encantado com a piscina do lugar, decidiu ficar e se tornar padre. “Parece um motivo bobo, não é? Mas eu me encontrei de verdade ali.” Formado em filosofia e teologia, pós-graduado em educação e mestre em antropologia teológica, ele diz não se acostumar com o sofrimento: chega a chorar em velórios. Sua missão, segundo o próprio, é atualizar o Evangelho para chegar mais perto das pessoas. “Quero descobrir um jeito de fazer a religião tocar as pessoas, para fazê-las mais solidárias, mais fraternas.” Para os admiradores de Fábio de Melo, a maneira direta como o padre interpreta os ensinamentos católicos é a principal razão para muita gente se interessar pela religião. “Estava afastada da igreja, mas as palavras dele me incentivaram a voltar”, diz Lívia Carla Firmiano Nicácio, de 26 anos, assistente social em Arapiraca (AL).

Ag. O Globo
O público aguardando o início do show
BELEZA

Quando o assunto é o visual do padre, os fiéis admitem que há polêmica entre eles. Segundo o estudante carioca Bruno Braga de Azevedo, de 19 anos, isso pode ser visto de duas maneiras: “Não vejo problema. A beleza só atrapalha quando ela se torna superior ao que ele vem anunciar, que é a palavra de Jesus Cristo”. A advogada Amanda Almeida, de 24 anos e que mora em João Pessoa (PB), afirma que o estilo do padre fez com que ela prestasse mais atenção nele. “Não posso negar que, a princípio, sua beleza e seu modo de se vestir me chamaram a atenção. Tinha em minha mente aquela imagem de que os padres eram velhos e gordinhos! Mas bastou vê-lo por dez minutos para saber que a sua beleza era um detalhe perfeitamente dispensável!”

Para o padre, os testemunhos dos fiéis são sinais de que está no caminho certo. Ele acredita que a Igreja aprova seu estilo. “Estou levando nossa proposta de evangelização para meios diferentes. A gente tem que ousar”, diz.

Padre Fábio de Melo reconhece que é vaidoso e critica mentalidade antiga da igreja

QUEM: Como decidiu ser padre?
PADRE FÁBIO: Nasci numa cidade pequena. Existia uma vida intensa dentro da igreja. A figura do padre era positiva. Era diferente de muitos lugares, em que o padre é apagado e ninguém o conhece.

QUEM: O senhor está longe da figura desse “padre apagado”. Qual o motivo de seguir por esse caminho?
PF: As pessoas podem ser ricas, brancas, negras, que o cotidiano é o mesmo: levantar de manhã, dar conta da vida, dos problemas, organizar afetos. O discurso religioso ajuda a dar conta de tudo isso. Assim como a arte. Por isso a literatura e a música são tão importantes neste caso...

QUEM: Existem críticas em relação a padres cantores.
PF: As pessoas que criticam têm a razão delas. São aqueles que têm na cabeça um paradigma de padre fechadinho na paróquia, sem fazer nada. Não me importo com isso. A Igreja não é contra quem faz um trabalho sério.

QUEM: Mas o senhor não grava apenas músicas religiosas. Em seu último CD, uma das músicas gravadas foi “Pai”, de Fábio Junior. Isso não é um problema?
PF: Eu não tenho medo de esbarrar no que o povo chama de música profana. Músicas assim ganham novo sentido num contexto sagrado.

QUEM: Para onde vai o dinheiro da venda de seus produtos, como livros e CDs?
PF: Não quero enriquecer. Em todos os trabalhos que faço, encontro uma instituição para ser beneficiada.

QUEM: Frequentemente, seu biótipo é comentado entre fiéis ou na mídia. A beleza pode ajudar?
PF: Teve um momento, na Idade Média, em que a Igreja começou a ter medo de tudo que era bonito. Criou-se uma aversão ao prazer. Na época em que era seminarista, era ainda pior. Ficava o povo naquela feiúra. Parecia que, quanto mais feio, mais santo. Isso é bobagem. Jesus arrastou o tanto de gente que ele arrastou porque certamente era sedutor. E digo isso de um modo geral, até mesmo com as palavras.

QUEM: Então, o senhor acha importante cuidar da aparência?
PF: Eu me cuido! Faço atividade física como questão de saúde. Tenho vaidade? Tenho. Mas nada que atrapalhe minha vida. Trabalho na TV e zelo por minha aparência. Também tenho que motivar as pessoas a ser assim. O que tem de gente feia e descuidada dentro da igreja é absurdo. Tudo por causa daquela mentalidade antiga.

QUEM: Como o senhor se cuida?
PF: Faço academia. Há cinco anos, tive um problema de saúde e um médico me recomendou a musculação. Tomei gosto. No dia em que não consigo me exercitar, não me sinto bem.

QUEM: Raramente vemos o senhor de batina...
PF: Sou um cara normal. No dia-a-dia eu me visto normalmente. Uso trajes litúrgicos para celebração.

QUEM: Com todos os cuidados com a aparência, o senhor já teve que enfrentar uma fã mais atirada?
PF: É impressionante como me respeitam. Claro que, no início dos shows, ouço comentários bobos. Gritam “lindo”. Mas eu estabeleço limites. O assédio maior vem através de e-mail, uma ou outra escreve e diz: “Olha, te acho isso, acho aquilo”.

QUEM: O senhor defende o celibato na Igreja católica?
PF: Sim. Não vejo como restrição, sabe? Quando fiquei padre, sabia que não me casaria. Encaro nessa restrição uma possibilidade: o fato de não me casar faz com que eu fique inteiro para minha missão.

QUEM: Mas o senhor nunca sente falta de uma companheira?
PF: Já me apaixonei quando era seminarista. Fui muito namorador, não tenho pudores em dizer isso. Mas, desde que decidi que era isso o que realmente queria, não estabeleço relacionamentos que possam ser perigosos para mim.

Fonte: Revista Quem

Padre, popstar e conteúdo

Com uma bela estampa, discurso consistente e carisma de sobra, Fábio de Melo conquista fiéis (e fãs)

Renata Cabral













































De tão bonito ele pode ser confundido com um galã de novela. Este é o primeiro atributo que faz com que Fábio de Melo provoque comoção por onde passa. O segundo é que ele é um cantor popular. E o terceiro: é um padre com um discurso consistente e fundamentado, diferente da maioria dos seus colegas de cantoria religiosa. Tudo junto resulta em muito sucesso, impulsionado por fãs e pelo rebanho católico, que se misturam numa mesma massa sedenta por suas palavras e canções. Mineiro de Formiga, o padre-cantor, 37 anos, está prestes a superar a marca de 600 mil cópias vendidas com seu último álbum, Vida, lançado há quatro meses por uma parceria entre as gravadoras LGK Music e Som Livre. Na semana passada, ele fez dois shows para a gravação do DVD Eu e o tempo, no tradicional Canecão carioca, com lotação esgotada. A julgar pelo semblante extasiado dos presentes, ao final, Deus deve ter ouvido muitos agradecimentos.


A multidão que padre Fábio está se acostumando a ver em seus shows não se repete nas igrejas, mas o motivo é simples: ele só celebra missas em pequenos templos da pastoral universitária da diocese de Taubaté, no interior de São Paulo, da qual é responsável. Mas o religioso não se resume a um belo rosto e uma bonita voz. Ele é graduado em teologia na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e em filosofia (pela Fundação Educacional de Brusque, em Santa Catarina). É pós-graduado em educação na Universidade Salgado de Oliveira, no Rio, e mestre em teologia sistemática pelo Instituto Santo Inácio de Loyola, de Belo Horizonte (MG). Tanto investimento nos estudos já resultou em cinco livros. “Eu sabia que para ser comunicador tinha de ter conteúdo. O que fiz primeiro foi estudar. Sou professor de teologia e digo isso sem nenhuma vaidade, isso é responsabilidade”, afirma. “Dentre as várias expressões da música católica, o padre Fábio se destaca porque lança um olhar particular sobre a teologia, passando a mensagem de um Deus mais humano. Sua formação acadêmica, aliada à sensibilidade artística, distingue seu trabalho”, diz o padre Gleuson Gomes, da paróquia de Sangue de Cristo, no Rio.

O sacerdote diz que a música é sua forma de evangelizar e conquistar fiéis, tal e qual padre Marcelo Rossi, expoente máximo de sucesso católico no Brasil, com quem é comparado, assim como com o cantor Fábio Jr. “Não me importo com as comparações, admiro o trabalho dos dois”, diz o sacerdote, que, ao contrário de Marcelo Rossi, não usa vestes sacerdotais nos shows.

O frisson causado entre as mulheres é um problema para o padre, que rejeita o título de galã. “Incomoda ser reduzido a isso. Por outro lado, não tenho como fugir, por enquanto.” Padre Fábio entrou para o seminário aos 16 anos, foi ordenado aos 31 e não nega os namoricos da época de escola. Mas jura que o assédio, hoje, acontece muito mais no mundo virtual (por meio de blogs e comunidades de fãs). “Se eu fiz a opção por viver uma vida de castidade, e tenho alguns atributos que dificultam essa escolha, tenho de ter responsabilidade ainda maior”, reflete.

Após dez CDs lançados, a parceria com uma gravadora fora do segmento religioso representou um salto nas vendas. Líber Gadelha, presidente da LGK Music – onde padre Fábio é hoje o artista campeão de vendas –, arrisca uma justificativa. “Bíblia por si só não vende disco. O sucesso vem do pacote: carisma, bela voz e uma produção caprichada.” Para o professor de teologia da PUC de São Paulo, Fernando Altemeyer, arte e religião nunca foram incompatíveis, mas “a exposição midiática pode levar à captura apenas do símbolo que transmite a mensagem e fazer com que o conteúdo desapareça.” A estudante Beatriz Rodrigues, 17 anos, que saiu de Barretos, São Paulo, para assistir a um show no Rio, jura que foca o conteúdo: “Ele é bonito. E muito. Isso ajuda, mas o que mais me atrai são as mensagens que passa.” O padre confirma a tese. “Às vezes, tem uma multidão eufórica cantando, mas quando começo a falar, se faz um silêncio absoluto. Existe um respeito muito grande”, afirma.

Fonte: ISTOÉ

O padre é pop

15/01/2009 - 00h00 ( - A Gazeta)

Hoje parece distante, mas, até quatro décadas atrás, ainda se rezava missa em latim, com o pároco de costas para os fiéis. As transformações culturais e a evolução dos meios de comunicação traçaram novos caminhos para a Igreja Católica, que encontrou um grande aliado na mídia de massa. Nesse contexto, alguns padres alcançaram o status de pop stars, como Marcelo Rossi e o mais recente fenômeno Fábio de Melo.

Além de seus 11 discos terem vendido mais de um milhão de cópias, aonde vai, o padre Fábio de Melo arrasta milhares de fãs. Na última semana, o público lotou o Canecão, a mais tradicional casa de shows do Rio de Janeiro, durante a gravação do DVD "Eu e o Tempo" (que será lançado em breve).

Neste sábado, a partir das 20h, ele deve atrair uma multidão para o show que fará na Praia de Itaoca, em Itapemirim. O problema nas cordas vocais que enfrenta desde o fim do ano passado não o impede de peregrinar pelo país, desenvolvendo seu trabalho de evangelização.

Na apresentação deste final de semana, ele interpretará seus grandes sucessos, sobretudo o repertório de seu mais recente disco, "Vida", que já atingiu a marca de 500 mil cópias vendidas em todo o país, três semanas após seu lançamento, no final de 2008.

Origens
Cantor, compositor, poeta, escritor, professor e apresentador da TV Canção Nova, Fábio nasceu em 3 de abril de 1971, na pequena cidade de Formiga, em Minas Gerais. Criado em uma família muito religiosa, desde criança desejava tornar-se padre. "A figura do padre sempre disse muito ao meu contexto cultural. Eu via no padre uma pessoa feliz, realizada, fazendo o bem às pessoas. Quis ser também. Em 1987, fui conhecer o seminário de Lavras e, no ano seguinte, já ingressei", conta.

Antes mesmo de ser ordenado sacerdote, em 2001, Melo já havia lançado três CDs de músicas católicas, sendo a maioria das composições assinadas por ele. Sobre as canções que compõe, ele revela parte de seu processo criativo: "O cotidiano é minha fonte. A vida humana é minha matéria. Ou porque vivi, ou porque vi de perto."

Apesar de reconhecer a importância da exposição midiática, que o aproxima ainda mais de seus fiéis, o padre admite que ela também é um tanto cansativa. "É muito bom celebrar em comunidades rurais, por exemplo, com pessoas que nem imaginam quem sou eu. Não há nada mais desgastante que máquinas fotográficas. Lá não existe esse desgaste. As pessoas só esperam que eu presida a celebração da missa", completa Melo, que atualmente é ligado à Diocese de Taubaté (SP).

Multimídia

Discos
Sucesso. Desde 1997, quando lançou o CD "De Deus um Cantador", Fábio de Melo já gravou 11 álbuns e atingiu a marca de 1,2 milhão de cópias vendidas. Seu disco mais recente, "Vida" (foto acima), lançado em 2008, vendeu 500 mil cópias e foi o terceiro mais comercializado no país.

DVD
Vídeo. Na semana passada, ele gravou o DVD "Eu e o Tempo", durante um show no Canecão, no Rio de Janeiro.

Televisão
Orientação. Todas as quintas-feiras, às 22h30, Fábio de Melo apresenta o programa "Direção Espiritual", transmitido ao vivo pela TV Canção Nova.

Livros
Palavras. Nos últimos cinco anos, publicou cinco livros, três deles em 2008, como "Mulheres de Aço e de Flores" (abaixo), em que explora diferentes aspectos do comportamento feminino.

Fonte: Gazeta Online

Show de padre lota casa de espetáculos em Botafogo


Thiago Camara
09/01/2009











Padre, escritor, poeta, professor e também cantor. As ocupações de Padre Fábio de Melo são inúmeras. Mas a noite de 6 de janeiro ficará registrada para sempre na sua função de músico. O sacerdote gravou o seu primeiro DVD, “Eu e o Tempo”, no palco do Canecão, uma das casas de shows mais tradicionais do Rio de Janeiro. Lotado de fiéis, o público da casa vibrou com as vinte canções entoadas pelo sacerdote e sua banda.

- Quanto mais o padre Fábio humaniza a Deus, e O aproxima de nós, mais a gente reconhece a divindade do Pai. Ele não doutrina, fala de vida e, indiretamente, da presença de Deus, opinou Leandro Pontes da Paróquia São Francisco de Paula, na Barra da Tijuca.

Sucesso nacional com 600 mil cópias vendidas do CD “Vida”, lançado em setembro pela LGK/Som Livre, Padre Fábio recebeu o convite da gravadora para realizar esse DVD que possui canções próprias, de compositores como Toquinho e Fábio Jr. e de outros cantores católicos, como Celina Borges que fez uma participação especial em “Tudo Posso”, de sua autoria.















Celina Borges e o Padre Fábio de Melo

- No palco, enquanto ouvia o padre cantar, rezava por nós e agradecia a Deus por ele abrir portas para que a beleza da Igreja Católica seja conhecida. É uma responsabilidade muito grande para o nosso ministério, explicou Celina, há quase 25 anos servindo à Igreja através da Renovação Carismática Católica (RCC).

A cantora ressaltou a importância de o show ter sido realizado no Canecão.

- Muitos artistas já passaram por aqui, mas hoje o nome de Jesus está sendo levantado nesta casa.

Na plateia e aclamada pelo público, a cantora Adriana foi citada pelo padre mais de uma vez. A paulista de Cruzeiro concorda com Celina que os tempos são favoráveis para os artistas católicos.

- A música tem sido eficaz no processo de evangelização e Deus está dando um campo enorme de trabalho para nós. Essa é nossa missão: irmos onde o Senhor nos mandar, disse ela citando uma de suas composições.

Há 400 km de sua casa, Paula Abib, de 28 anos, pela primeira vez deixou o filho de 2 anos com sua mãe, no município de Varre-Sai, para ir ao show. Foi através do programa Direção Espiritual, da TV Canção Nova, que Paula conheceu Padre Fábio.

- De tanto eu ouvir as canções dele, até meu filho já canta algumas, lembrou ela.

Patrícia Silva, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de Anchieta, também conheceu o padre pela televisão. Ela foi ao show com o marido e gostou do que viu.

- As palavras dele tocam profundamente os nossos corações, disse ela que sonha em participar de um retiro com o sacerdote.

A presença de um show católico no Canecão surpreendeu até um dos seguranças da casa. Sem religião, Alexandre Nascimento, encantou-se com o modo como o padre conduziu sua apresentação.

- É a primeira vez que trabalho de uma forma tão leve. Estou sentindo uma paz de espírito muito grande, contou.

DVD “Eu e o Tempo”


Uma produção de primeira categoria. Cenário e iluminação atraentes, uma banda composta por 20 músicos, canções católicas e populares no repertório e um público fiel. A gravação do primeiro DVD do Padre Fábio de Melo teve os ingressos esgotados em poucos dias.

Dividido em cinco partes, o show trará os tempos litúrgicos da Igreja Católica. O início da apresentação é no Tempo de Pentecostes, quando o Espírito Santo desce sobre o mundo. A iluminação é avermelhada com intenção de representar o fogo, um dos símbolos do Espírito Santo.

Um relógio atravessa o cenário no fundo do palco para representar a passagem do tempo. O Advento é a segunda parte do show com canções como “Tudo Posso”, com Celina Borges e “Todo homem é bom”. Este tempo representa a preparação para a glória da vinda de Jesus. A terceira parte é a celebração da Epifania, a manifestação de Deus com pela vinda de seu filho ao mundo. A Quaresma seguida da Páscoa prossegue. São os tempos de reflexão, sacrifícios e extrema alegria pela vida eterna a partir da Ressurreição de Jesus abordados em seguida.

O show é encerrado novamente no Tempo de Pentecostes simbolizando o fechamento do ciclo litúrgico do espetáculo.

* Fotos de Divulgação: Lívio Campos. Colaborou: Carolina Hilal.

Fonte: Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Padre Fábio grava show no tempo da indústria


Resenha de Show - Gravação de CD e DVD
Título: Eu e o Tempo
Artista: Fábio de Melo (em foto de Mauro Ferreira)
Data: 6 de janeiro de 2009
Local: Canecão (RJ)
Cotação: * * *








"Errou! Errou!", acusou o público com fervor religioso tão logo padre Fábio de Mello acabou de apresentar Contrários, uma das músicas incluídas na gravação ao vivo do CD e DVD Eu e o Tempo, realizada em show num superlotado Canecão (RJ) na noite de terça-feira, 6 de janeiro de 2009. Não, o padre não tinha errado. Não daquela vez. E a platéia sabia disso. Era apenas uma tentativa graciosa de fazer ele repetir o número. A cena dá bem a medida da adoração que o público católico devota ao padre-cantor, novo fenômeno do mercado fonográfico. O registro ao vivo foi arquitetado pela gravadora LGK Music no embalo das 540 mil cópias vendidas em 2008 de Vida, o 11º CD de Fábio, campeão de um mercado que amarga lucros descendentes. Foi por isso que, na noite de terça-feira, a indústria - da fé e do disco - funcionou a todo vapor. No palco-púlpito do Canecão, um líder carismástico (no duplo sentido) fez sua missa-show diante de fiéis que o adoram para gerar CD e DVD. Um registro feito no tempo litúrgico e no tempo da máquina fonográfica, com as devidas interrupções para repetições de músicas e para ajustes na imagem do padre popstar. E, como todo popstar, o padre já sabe como é importante afagar o ego do público fiel. Faz parte do show, o da fé.

Dirigido e roteirizado por Túlio Feliciano, nome recorrente na condução de shows de samba, o espetáculo de Fábio de Melo foi estruturado em cinco tempos litúrgicos (Pentecostes, Advento, Epifania, Quaresma e Páscoa). A cada mudança do tempo, um relógio era deslocado no fundo do cenário, de uma extremidade à outra do palco, para marcar a passagem. Poemas, relatos e textos filosóficos - sobre o amor, a amizade, Jesus e Deus - entrecortaram repertório que embaralhou cânticos religiosos com músicas conhecidas nas vozes de cantores profanos como Fábio Jr. - de quem o padre-xará reviveu Vida e Pai. Aliás, Pai teria rendido mais se seu arranjo fosse tão econômico quanto o de O Caderno, a sensível canção infanto-juvenil de Toquinho, entoada pelo padre apenas na companhia da guitarra de Ary Piassarolo e dos teclados de Maurício Piassarolo, pai e filho (o primeiro em participação especial) - como ressaltou Fábio, antes de convocar Ary ao palco.

Ágil na primeira metade do show, transcorrida sem erros, a gravação se tornou arrastada do meio para o fim com sucessivas repetições que evidenciaram ligeira falta de sintonia entre artista, músicos e equipe técnica. Ao todo, foram três horas de show. Ou de pregação, dependendo do ponto de vista. Alguns números, como Tudo É do Pai, foram acompanhados em catártico coro popular. Há os cânticos católicos que fazem jus à tanta adoração pelo bonito desenho melódico - em especial, Humano Amor de Deus. Outros se sustentam mais nas mensagens de fé, amor e perserverança. Entre hits religiosos e bissextas novidades em seu repertório, como Arvoreando e Cântico das Criaturas, padre Fábio soube conduzir sua missa-show com inegável carisma e voz agradável que, como ele mesmo avisou, não estava em sua melhor forma na noite da gravação do CD e DVD Eu e o Tempo. Cantor, compositor, escritor e professor universitário (pós-graduado em teologia), além de padre desde 2001, Fábio de Melo parece ter aquele algo mais que distingue as estrelas. Deve ser por isso que, para os fiéis, o tempo pára na presença do novo popstar católico...

POSTED BY MAURO FERREIRA AT

Fonte: Site padre Fábio de Melo

Um DVD, 11 CDs, programa de TV, 5 livros. E é padre

Fábio de Melo, da Diocese de Taubaté, vendeu mais de 1 milhão de cópias de seus discos em dez anos


Roberta Pennafort, RIO


Ele tem cinco livros publicados, programa semanal de TV, site (www.fabiodemelo.com.br), blog e comunidades do Orkut criadas por fãs. O padre Fábio de Melo, da Diocese de Taubaté, tornou-se conhecido por meio da música. Em dez anos, vendeu mais de 1 milhão de cópias de seus 11 CDs e 1 DVD.

"Eu me utilizo dos recursos que tenho", diz. "Sou padre nesse contexto globalizado, onde os veículos de comunicação são inúmeros." Só não gosta de ser chamado de padre galã. "Não gosto destas reduções." O fato de não usar batina nos shows, ao contrário de Marcelo Rossi, ajuda a provocar assédio. "Mas são raros. O que recebo é o carinho das pessoas que se identificam com meu jeito de evangelizar."

A empresária Heliomara Marques, que o acompanha há oito anos, jamais presenciou uma cena "mais escandalosa" envolvendo uma fã. "Lógico que existem meninas atraídas pela estética, mas ele percebe, já trata com aquela distância e coloca a pessoa no lugar dela." Batina, só usa em missas de casamento e batismo. Mas só consegue celebrar três por mês.

Sua imagem é diferente daquela cristalizada por Rossi. Melo sobe ao palco, dá palestras e aparece na TV geralmente de calça jeans e camisa social. No pescoço, uma correntinha de couro preto com uma cruz prateada.

Caçula de oito irmãos, muito ligado à mãe, é mineiro de Formiga e vem de família pobre. Tem 37 anos e foi ordenado em 2001. Formou-se em Teologia e Filosofia e se pós-graduou em Educação e Teologia Sistemática. Foi professor universitário e hoje trabalha com a Pastoral Universitária. Canta desde menino.

Chamado de "poeta de Deus", é compositor de Humano Demais e Filho do Céu, entre outras. Também grava canções de Fábio Jr. (Pai), e de Toquinho (O Caderno). É o principal nome da Talento Produções, especializada em artistas católicos. Segundo Heliomara, a renda da venda de produtos e shows é distribuída entre instituições das cidades pelas quais passa, a Fundação Ato Solidário, que apóia, e a diocese. Uma pequena parte vai para seu sustento.

Na internet, há relatos curiosos a seu respeito. Em seu site, uma seção exibe fotografias que os fãs tiram com o padre e depois enviam, junto com mensagens. Uma delas, Ana Cristina Neves, de São Paulo, que esteve com ele em novembro do ano passado, escreveu: "Com suas palavras, ele conseguiu me tirar de uma depressão, por isso sou ?dependente?, ?viciada? em suas palavras. Tenho todos os CDs, livros e não perco um programa, pois ele realmente é minha ?direção espiritual?."

Na comunidade do Orkut "Sou fã do Padre Fábio de Melo", uma moça gaúcha diz: "Ele foi um achado muito importante na minha vida, uma coisa inexplicável. Ele é tudo de bom".

Melo diz que nunca enfrentou resistências em sua diocese por causa do trabalho como cantor. "A Igreja não se opõe a ninguém que esteja evangelizando. Por isso, busquei estudar e qualificar o meu discurso."

Fonte: Estadão